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Funcionamento

O brinquedo não se anima
sem que à frente dele apareça
necessidade de alegria.

Impulsioná-lo, movê-lo
– tudo é desejo de que alguma mola
suspenda-o, estremeça-o.

Depois é ver que o movimento
vai mais lento e termina
num gesto paralítico ou no instante

em que se desfaz a lúdica
tração: urso movido à corda,
carro movido à pilha, caixa

de música, tudo permanece
estranhamente só e semelhante
a quem se divertiu.

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