Num mar de único azul
o peixe em vácuo de prata
nada entre peixes entrevados
sob o sal da água que respira.
E sim, acendem-se lâmpadas
errantes, reflexos tardos,
na areia e concha e pedra
por onde o peixe, onda lenta,
abandona-se aos poucos
na simetria de outros peixes.
Suas guelras e escamas
afundam na água de treva
e no fundo brilham sós
opacas densas – algas dançam.