Sinto frio, frio silencioso;
de mãos ásperas, de mãos cruas.
Por meus olhos passam ventos,
e eles se dobram aos meus olhos
como lençóis abandonados na água.
Sentir as coisas mais frias:
me diziam, um modo de morrer.
Mas é como passear, continuamente,
entre espécies, entre as paisagens
que meus olhos, sem margens, afogam.